quarta-feira, 26 de novembro de 2008

POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO E RÁDIO ESCOLA!!!

Esse é o meu último trabalho da disciplina:

    "As políticas públicas de Educação não têm considerado os fins próprios da Educação, transformando seus objetivos em instrumentos para o desenvolvimento tecnológico e econômico do país. E é com essa visão instrumentalista que os programas e projetos de uso das tecnologias na educação têm se apresentado, amarrando o processo educativo à essa visão limitadora e sujeitando professores e alunos à modelos impostos de fora e de cima, não lhes oportunizando, de modo geral, capacitação e condições para propor e desenvolver projetos próprios, projetos que utilizem a tecnologia como elemento instituinte de novas relações e novos processos .”

As tecnologias tem sido empregadas na educação com o intuito de preparar os indivíduos para o atendimento das demandas sociais, principalmente mercado de trabalho, ganhando uma função técnica/operacional, com a espectativa de flexibilizar o sujeito para que desta forma a sua mão-de-obra seja comercializada de forma barata e de forma a atender a todas as solicitações que lhe são postas. Na realidade a implementação das tecnologias no setor Educativo, como era de se esperar na atual sociedade, serve apenas como elemento de capacitação e qualificação profissionais. A educação não terá assim, uma finalidade em si mesma, sendo seus objetivos instrumentais para o desenvolvimento econômico” (Fonseca, 1999:67).

Como era de se esperar a corrida pelo estabelecimento de políticas públicas para a Educação no Brasil voltada para a emancipação tecnológica começou tarde em relação ao resto do mundo.

As implementações dessas políticas, bem como as transformações sociais caminhavam lado a lado e estavam e estão intimamente associadas. Para dar uma perspectiva transformadora às tecnologias no que toca as políticas públicas, muitos percalços foram e são até hoje enfrentados, a percepção, o conceito, enfim, de tecnologia e sua função foi destorcido e manipulado durante todo o seu processo histórico de afirmação.

Seguindo esta perspectiva podemos perceber que as políticas públicas não tem realizado o seu esperado papel, mas, mesmo com tantas dificuldades, muitas conquistas foram alcançadas e muitas alterações foram feitas neste cenário.

Programas como PRONINFE, PROINFO, TV ESCOLA, DVD ESCOLA, TV DIGITAL, RÁDIO ESCOLA que estão sob a responsabilidade do MEC e da SEED, contribuíram para a melhora da Educação, mas devemos perceber as suas deficiências, Portanto segundo Nelson Pretto – FACED/UFBA em Educação e inovação tecnológica: um olhar sobre as políticas públicas brasileiras :

    Caberia ao governo fazer um esforço de articulação destas diversas vertentes, incorporando as críticas, de forma a corrigir a rota destes projetos e, de fato, construir um caso de sucesso na educação brasileira. Não apenas nas palavras e nos números mas na prática, atuando no país como um todo, que clama pôr transformações estruturais em diversas área. Este é, sem dúvida, o nosso grande desafio e estas novas tecnologias de comunicação e informação podem vir a se constituir em importante elemento destas transformações se pudermos vê-las em outra perspectiva que não a de simples instrumentos metodológicos mais modernos.”

Aprofundando um pouco mais sobre RÁDIO ESCOLA:

O Programa Rádio Escola desenvolve ações que utilizam a linguagem radiofônica para o aprimoramento pedagógico de comunidades escolares, o desenvolvimento de protagonismos cidadãos e o “treinamento” de grupos profissionais. Entendemos que o salto tecnológico que tem causado profundas modificações culturais pode efetivamente trazer melhorias sociais, sobretudo quando se ampliarem as oportunidades de apreensão do saber através das variadas mídias existentes.

O programa Rádio Escola,ciente dessa nova realidade, tem por princípio essa "educação para, sobre e na mídia", oferecendo para os que partilham da realidade de nossa cultura o exercício da cidadania.

Sabemos que este programa não é suficiente, nem tampouco inqüestionável, pois apresenta nas suas entrelinhas símbolos, significações, esteriótipos, enfim, que devem ser filtrados pelo profissional que o utiliza, fazendo com que este programa não sirva , mais uma vez para enquadrar os indivíduos num modelo ideal.

Os áudios fornecidos pela SEED deixa claro logo de cara que foi um programa feito PARA você e não COM você, percebe-se daí que você será o receptor da obra de um outro, mas isso não significa que temos que ser passivos. Os áudios como pudemos observar na prática fomentou muitas discussões e é isso que o professo tem que fazer em sala, muito questionamentos foram levantados e essa deve ser a dinâmica de trabalho com a mídia. Ela deve ser vista como elemento estruturante.

O rádio não deve ser visto apenas como um ambiente transmissor, deve-se também produzir e incentivar as produções na rádio.

Os links ajudaram a identificar o contexto de onde o material foi retirado e enriquecerá a compreensão, certamente. Fica aqui questionamentos levantados em sala como sugestão de debates:

  • De ante do que já foi exposto podemos notar que o rádio é um meio poderoso de comunicação e, portanto, formador de opinião, sendo assim este recurso pode ser utilizado de maneira leviana para manipular as pessoas. Neste contexto quais as responsabilidades do professor para que esse meio não seja utilizado de forma indevida no que diz respeito a aprendizagem do aluno?”

  • "Como podemos definir a utilização do rádio atualmente na educação? Será que ele, ainda, funciona como um meio em potencial para facilitar o processo de aprendizagem? Até que ponto os professores podem ser responsabilizados pela eficácia ou ineficácia deste “recurso”? Como trabalhar com o rádio e não atingir ou aproveitar a vivência do aluno com este meio?"




E este foi o tema dentro do seminário que mais me interessei, claro que há muito mais material para explorar por isso os links! Espero que tenham apreciado! Obrigada pela conferência.


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